Eterna Lembrança
Marcava 07h40min quando o professor de português entrou na sala. Colocou suas coisas na mesa após sentar e disse sobre o que seria a aula daquele dia.
― Hoje vamos trabalhar com descrição. Quero que façam um texto descrevendo algum dia que marcou para vocês ou se preferirem, pode ser fictício. Não importa se é conto, poema, mas tem de ser descritivo. E não é preciso ser grande. Uma página já é o suficiente. Podem começar! Qualquer dúvida é só chamar. – falou o professor.
E então um de seus alunos logo lembrou de um dia marcante. Respirou fundo e começou escrever.
Era uma manhã chuvosa e eu estava a observar seu corpo pálido, seu delicado corpo me fascinara. Tão frágil, mas tão firme. Suas curvas me obrigavam olhar cautelosamente, com atenção. Em seu rosto haviam traços finos e delicados, sou apaixonado por estes traços. Seus olhos eram grandes num tom de azul cristal, gritavam, mas ao mesmo tempo não diziam nada. A sua pequena boca com um leve sorriso muito bem desenhada era fascinante. Os seios médios tinham uma firmeza quase rígida, dignos de um troféu. Sua barriga não era de tanquinho, não era de uma mulher que se preocupava com imagem. Suas pequenas pernas lhe denunciavam o seu tamanho.
Mas o deslizar de meu canivete dourado em sua pele, o corte preciso, a cor de seu sangue vivo, gritante e com seu perfume único me fascinou, me encantou de forma inexplicável.
Então deslizei sem pressa por todo o seu corpo, as gotas de seu sangue me banhando e me purificando. Aproveitei todo o momento e por fim te guardei no melhor caixão que eu mesmo fiz.
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