Não É Só Uma Lenda

Marlisa estava comprando algumas coisas para à noite. Seus amigos se reunirão em sua casa. Enquanto olhava algumas prateleiras, lembrou-se que pediram filmes, então foi na sessão de DVDs. 
Procurando, se deparou com um DVD sem capa e deu risada e estranhou por estar sem lacre. Mesmo sem entender nada, colocou na cesta, pegou mais alguns filmes e foi para o caixa.
Marlisa mora sozinha na cidade de São Paulo.
É alta e tem corpo atleta. Sua pele é bronzeada por conta do esporte que prática, a natação. Seu cabelo é preto, liso e curto. Possui belos olhos marrons. É divertida, atenciosa, dedicada e super amiga. Trabalha como professora de natação. Seu hobbie é assistir filmes de terror.
Chegando sua vez, começou dar suas compras para o rapaz. Na vez do estranho filme, ele olhou surpreso, mas não disse nada. Depois de pagar foi ansiosa para sua casa, não via a hora de contar para seus amigos a compra bizarra que fizera. 
Ao chegar em casa, guardou toda a compra e foi arrumar a casa, pois estava quase na hora de seus amigos chegarem, então colocou uma roupa qualquer e foi organizar sua casa. Deixou tudo pronto e foi se arrumar. Preparou a mesa do jantar e organizou os filmes sem o tal DVD, pois pretendia fazer uma surpresa. Ficou na sala esperando seus amigos chegarem. Chegaram em uma hora. 
Cumprimentaram-se e se sentaram na cozinha. 
― Vocês nem imaginam o que encontrei na sessão de filmes! - disse Marlisa ansiosa.  
― Lá vem! O que encontrou? - perguntou Douglas imaginando que seria mais uma de suas maluquices. 
Douglas tem 28 anos, mora sozinho. Tem corpo médio e é alto. Sua pele é negra, possui cabelo raspado, de olhos verdes como uma pedra esmeralda. É divertido, brincalhão, sorridente e companheiro. Trabalha como estagiário de juiz. Seu hobbie é ouvir música.  
― Depois do janta eu mostrarei a todos vocês! - respondeu com um sorriso enorme.  
― Vindo de você, tenho até medo. - riu Priscila. 
Priscila tem 26 anos e mora com sua mãe, filha única. Tem corpo gordo. alta, pele branca por não ficar muito no sol. Tem cabelo liso, longo e azul. Seus olhos são castanhos escuros. Tem medo de muitas coisas, é organizada ao extremo, companheira e se impressiona facilmente. Trabalha com sua mãe no salão de cabeleireiro. Seu hobbie é pintar.  
― Parece até que sou maluca! - respondeu fazendo careta. ― Gente, vamos jantar? Estou com fome! Passei o dia todo fora! Fiz estrogonofe e lasanha. - disse indo para cozinha. 
― Eu amo sua comida! - disse Hélder com um sorriso enorme. 
Hélder tem 34 anos e mora com seu amigo Ricardo. Baixo e magro, de pele bronzeada, cabelo curto, enrolado e preto. Detalhista, se irrita fácil, companheiro e alegre. Seu hobbie é tocar violão. 
― Quem é que não ama? - respondeu rindo.  
― Além de louca é convencida! - riu Priscila. 
― Ai gente, coitada! - ria Ricardo. 
Ricardo tem 40 anos, deficiente físico e mora com seu amigo Hélder. É alto e magro, de cabelo ondulado, curto e preto. Seus olhos são azuis. Atencioso, sério quase o tempo todo, companheiro e questionador. Estudante de filosofia. Seu hobbie é pesquisar.
― Só ele me defende mesmo, obrigada, sabe que te amo! - respondeu Marlisa. ― O que você vai querer, Ricardo? - perguntou. 
― Só o estrogonofe, obrigado! - respondeu.  
Marlisa fez o prato de Ricardo e em seguida o seu. Enquanto comiam, tentavam adivinhar o mistério dela. Ao terminarem, cada um lavou seu prato. Marlisa lavou o seu e de Ricardo. Fazia tudo para seu amigo, pois sua casa não havia acessibilidade o bastante. Depois de terminarem de arrumar a cozinha, foram colocar seus pijamas.
Sentaram-se e esperaram pela Marlisa, que logo apareceu.
― Gente, o que encontrei na sessão de filmes foi esse sem capa e sem lacre. - respondeu atenta.  
― Credo! E tu pegou para que? - perguntou Priscila.  
― Para assistirmos, oras! Vamos assistir a outros filmes primeiro, deixa este por último. - respondeu Marlisa pegando o restante dos filmes. ― Peguei cinco filmes, cada um combina com vocês.  
― Me ajudem ir para o sofá? - perguntou Ricardo.  
Douglas e Hélder então ajudaram e todos se arrumaram no sofá. Marlisa colocou o primeiro filme. 
No relógio marcava 03h e havia chegado a vez do misterioso filme.
― Eu não vou assistir nem ferrando! Boa noite pra vocês! Se alguém for possuído, nem ousem me chamar, ok? Boa noite! - respondeu Priscila se levanto e despedindo-se. 
― Isso de ser possuído nem existe. - riu Ricardo. ― Boa noite, querida! Bom sono! - disse. 
Após conversarem um pouco, Marlisa colocou o DVD, respirou fundo e apertou o play. 
No começo apareceu uma tevê piscando, um círculo branco e cintilante. Em seguida surge aparentemente um rio com mancha de sangue, uma cadeira e mais algumas coisas sem sentido. Por fim, aparece uma uma imagem de uma floresta com um poço ao centro. O vídeo tem duração de 2:06. 
― O que foi isso? Tá de brincadeira com a gente? - perguntou Ricardo sem entender o que acabara de assistir. 
― Você tá bem, Marlisa? - perguntou Douglas. ― Esse vídeo não tem sentido algum.  
― Calma gente! Eu não ia adivinhar que seria esse desastre! - disse Marlisa.  
Ficaram um bom tempo discutindo sobre o que assistiram. Ricardo sentindo sono pediu para colocarem em sua cadeira de rodas e foi para o quarto. Com a ajuda de Douglas deitou-se em sua cama e logo dormiu.  
― Amanhã temos que mostrar pra Priscila, ela vai se tremer de medo. - riu Douglas.  
No dia seguinte, ao acordar, Ricardo chamou um de seus amigos e pediu para que colocasse em sua cadeira, agradeceu e ao ligar, notou que a bateria havia acabado, mesmo que tivesse usado pouco no dia anterior. Se preocupou, pois, sabia que baterias eram caras. Desligou, ligou e voltou a funcionar. Aliviado foi para a cozinha junto de seus amigos.  
Priscila acordou, tomou banho, colocou uma roupa leve e foi para a cozinha. 
― Bom dia! Dormiram bem? - perguntou Priscila abraçando um por um.  
― Bom dia querida! Dormi sim, e você? - respondeu Ricardo.  
― Também dormi bem.  
― Eu sonhei a noite toda com o DVD. - disse Marlisa rindo. 
― Você compra as coisas e sonha. Não te entendo! Dormi bem também. - respondeu Douglas. 
― Pareci uma pedra de tanto sono que eu estava! - respondeu Hélder.  
Todos tomaram seu café e discutiram o que iriam fazer em seguida.  
― Antes de sairmos, temos que mostrar a fita pra Priscila. Quem concorda? - perguntou Douglas.  
Todos concordaram.
― É sério? Vou ter de assistir mesmo? - respondeu com uma expressão de receio.  
― É só um vídeo chato e nada mais! O que pode fazer? Nos matar? - riu Douglas.  
― Tá ok! Vou assistir por vocês! 
Após terminarem o café foram para a sala e Marlisa colocou a fita. Priscila não entendia nada do que se passava, mas ainda assim sentiu medo. Após acabar, Priscila saiu da sala e ficou na cozinha.  
― Credo! Odiei esse vídeo! Espero nunca mais ter de assisti-lo novamente.  
― Nem dá medo! Só é muito estranho. - respondeu Hélder.  
― Pra vocês! - disse Priscila. ― Vou pegar minha bolsa.
Ao chegar no quarto, deparou com uma cena estranha. Sua bolsa caída no chão e sua mochila sobre a cama. Achou muito estranho já que tem mania de colocar todas as suas coisas de modo planejado. Colocou as coisas no lugar certo, pegou sua bolsa e foi para a cozinha.  
― Esse vídeo já está me amaldiçoando! Fui ao quarto e minhas coisas estavam em lugares errados. - disse séria.  
― Ai, sério que acredita que um vídeo vai mexer nas suas coisas? - perguntou Ricardo. 
― Então quem foi que mudou minhas coisas de lugar? - respondeu.  
― Pode ser que você tenha feito isso sem perceber. Tudo tem uma explicação! - disse Ricardo tentando acalma-la.  
― Duvido muito. Vamos? - perguntou se levantando irritada. 
Pegaram suas coisas e foram para o carro. Primeiro colocaram Ricardo e depois entraram.  
Chegando ao clube, pegaram suas coisas e foram para a recepção. Deram seus nomes, documentos e foram colocar roupa de banho. Depois de prontos foram procurar um lugar para que todos ficassem unidos e logo encontraram. Acomodaram-se e chamaram uma garçonete para fazerem seus pedidos.  
Ricardo pediu suco de laranja, Marlisa pediu suco de melancia, Hélder de abacaxi, Douglas e Priscila de limão. O valor das bebidas ao total, foi de R$ 7,00. 
Ficaram conversando enquanto esperavam seus pedidos que chegaram em alguns minutos. Então ficaram conversando. Priscila distraída pensava no que assistira mais cedo. Para ela, suas coisas mudaram de lugar após ter assistido. 
Depois de muito conversarem, resolveram entrar na piscina. Se jogaram e por ali ficaram. Enquanto Priscila mergulhava, avistou uma moça muito estranha. Com roupa de hospital, rosto todo sujo, com cabelos longos e pretos. Estava indo em direção à Priscila com seus braços esticados para alcança-la logo. Priscila se debatia em desespero quando a moça se aproximou, mas conseguiu levantar. Ofegante, abraçou Douglas e afirmou ter visto uma moça muito parecida com a do vídeo. 
― Cuidado! Não devíamos ter mostrado pra você. Tudo que vê acaba acreditando. - disse Douglas tentando acalma-la. 
― Eu tenho certeza de que era ela! É muito parecida! Por favor, acredita em mim! - respondeu chorando. 
― Nós queremos acreditar em você, mas não tem muita lógica. - disse Marlisa. 
― Eu sempre sou a louca! Mas depois não me venham dizer que eu tinha razão. ― Quero água, por favor! - respondeu Priscila em tom baixo. 
Marlisa saiu da piscina e foi comprar a água. Priscila ainda estava magoada por nunca ser levada a sério. Então saiu da piscina e ficou com Hélder e Ricardo. Perguntaram o que houve na piscina e ela falou sobre a mulher. Ricardo não queria discordar dela no momento, porque sabia que ficaria mais chateada. Ficaram conversando por um longo tempo. O restante saiu da piscina e ficaram todos ali. Douglas e Marlisa pegaram Ricardo e o levaram para piscina. Ficaram um tempo conversando sobre Priscila.
Após um tempo, resolveram almoçar. Pegaram suas coisas e foram em direção ao restaurante. Escolheram a mesa e foram pegar comida. Priscila pegou primeiro para seu amigo. Voltaram para mesa e assim começaram comer.  
― Quem foi que pegou meu garfo? - perguntou Hélder.  
― Tá louco? Quem iria fazer isso? - respondeu Marlisa.
― Mas sumiu, não está aqui. Eu sei que peguei. - disse.
― Calma! Você deve ter pegado e colocado lá de novo sem querer. - respondeu Ricardo.  
― Eu tenho certeza que peguei! Podem me devolver? - perguntou num tom de irritação. 
― Ninguém pegou! Não tem porquê de ficar assim. Você não tenta resolver as coisas e já vai julgando. - disse Priscila. 
― Vou pegar outro. - respondeu se levantando.  
O almoço foi em total silêncio. O clima se encontrava tenso. Priscila mais uma vez se lembrara do vídeo, mas não disse nada. Depois de comerem, pagaram a conta e foram embora. 
― Desculpa, não queria ter dito aquilo. Eu não quero briga entre nós. - falou Priscila abraçando seu amigo.  
― Tudo bem. Você tem razão, nuca consigo resolver o problema e sempre culpo alguém. - respondeu cabisbaixo.  
― Sorriso nesse rosto lindo! - disse beijando o rosto de Hélder.  
Chegaram em casa, tomaram banho e ficaram na sala conversando. Decidiram assistir mais filmes. Escolheram o primeiro e colocaram.  
Enquanto assistiam, a tevê desligou, mas quando ligou começou a chiar e Priscila foi a primeira ficar assustada. Todos estavam sem entender nada e então começaram pensar que sua amiga poderia estar certa. 
― Agora acreditam em mim? - perguntou Priscila quase chorando. ― Vamos sair dessa casa! Eu não quero mais ficar aqui. - declarou tais palavras indo em direção ao quarto. 
Arrumou suas coisas e esperou seus amigos fazerem o mesmo. Colocaram Ricardo na cadeira dele, mas ela não queria funcionar. Ricardo sabia que tinha deixado sua cadeira carregando durante toda a noite. Concluiu de que sua amiga poderia ter razão sobre o DVD.  
Quando voltaram para a sala, sentiram mais medo. Na tevê era transmitido o vídeo sem ao menos terem colocado. Assustados, pegaram seu amigo no colo e saíram da casa. 
Priscila sem pensar duas vezes, entrou no site de pesquisas e digitou as característa da moça e logo encontrou vários resultados. 
― Após assistir, você morrerá em dias... 

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