Sedução de Uma Jovem

                Era meu primeiro dia de aula da faculdade, estava ansiosa e nervosa. Entrei na sala e sentei na última cadeira, eu queria observar a sala dali em meu canto. Estava lendo quando os alunos entraram na sala - provavelmente a aula estaria para começar. Guardei meu livro e fiquei esperando pela aula. Quando o professor entrou, eu senti um arrepio em meu corpo, mas não dei atenção já que estava frio. Antes de começar a aula, ele se apresentou e pediu para que todos disséssemos nossos nomes. Na minha vez, discretamente trocamos alguns olhares, mas consegui.
Depois de todos se apresentarem e trocar algumas palavras a aula iniciou-se. Comecei copiar os esquemas que ele passou na lousa e pensando em como eu poderia me aproximar, tive a ideia de ir até ele tirar algumas dúvidas. Então esperei ele terminar de fazer a chamada para ir até a sua mesa. Suspirei, me levantei e segui em direção a ele. Quando cheguei em sua mesa, senti frio na barriga, e quando percebi, eu estava encarando-o descaradamente. Ele percebendo, sorriu discretamente, eu nada boba retribui com um sorriso malicioso e quebrei o clima com as minhas dúvidas. Notei que não gostara, adorei ter provocado. Voltei para a minha mesa todos me olhavam diferente. Sentei e fiquei prestando atenção em cada movimento dele. Ele era um pouco alto, bem forte, seus olhos da cor do mel e cabelo castanho claro com um pequeno topete. 
Durante as aulas ele olhava para mim sorrindo, eu sempre retribuía sem ligar para o que os outros iriam pensar. Para a minha (ou a nossa) sorte eram duas aulas de Direito Penal, na outra aula ele citou alguns exemplos para discutirmos e uma questão sobre. Eu era a única que mais prestava atenção. E enquanto nós respondíamos a questão, ele começou andar de mesa em mesa para tirar dúvidas. Quando chegou na minha, segurei sua mão acariciando discretamente, mordi meus lábios e fiz algumas perguntas, quando todas foram respondidas, ele voltou para a frente da sala e se despediu. Na aula de outros outros professores eu nem prestava atenção, eu copiava os resumos e ficava lendo livro. Quando deu horário do intervalo, eu logo procurei um lugar distante das pessoas para continuar a leitura em paz. As demais aulas foram normais, conheci a maioria dos meus professores, todos eram gentis, inclusive o de direito penal, claro! 
                Cheguei em casa, fui direto tomar banho. Enquanto a água quente caía em meu corpo, eu me imaginava nos braços de meu professor. Depois fui comer algo e fiquei a tarde toda no computador estudando e de noite fiquei lendo livro até o sono vir, mas nada. Eu deixei o livro na mesa ao lado e fiquei pensando nele, longos minutos depois eu acabei dormindo. 
No dia seguinte levantei bem cedo e fui tomar um banho rápido. Passei meu creme, meu perfume, coloquei uma blusa vermelha com um leve decote, uma calça jeans, penteei meu cabelo e fui para a cozinha. Tomei café da manhã e fui para a faculdade com uma leve ansiedade de ter aula com ele novamente. Quando cheguei fui direto para a sala de aula, sentei em meu canto e fiquei ali - como de costume - lendo. Eu sempre era a primeira à entrar na sala, nunca me atrasava. E como eram os primeiros dias de aula, não tinha feito amigos ainda, mas também nem me esforçava, sempre fui tímida. 
Logo os alunos começaram entrar e meu coração disparou na espera de ser o professor... E para minha alegria, era. Abri um enorme sorriso quando ele apareceu na porta. Ele entrou e a primeira coisa que fez foi me procurar e quando me viu abriu um enorme sorriso - o mais lindo que eu já vi. Sentou e colocou as coisas na mesa. Conversou com alguns alunos que se aproximavam e respondia algumas perguntas dos mesmos. Eu só o observava. Depois deles saírem, começou fazer chamada e ao chegar o meu nome ele simplesmente sorriu sem perceber os olhares e marcou presença antes mesmo que eu respondesse. Após a chamada ele leu um texto e ditou umas perguntas. Naquele dia era apenas uma aula, então ele passou poucas coisas. Passou o primeiro trabalho e esperou dar o horário da sua aula terminar. Eu o provocava com mordidas na tampa da caneta e sorrisos maliciosos.
 A aula terminou e a próxima seria de Fundamentos do Direito Penal, eu não gostava tanto. Minha mente estava em outro lugar. Finalmente o intervalo! Peguei meu livro e fui direto para a biblioteca. Os alunos puxavam assunto, mas eu não dava atenção, apenas pensava em uma pessoa. Cheguei e para minha surpresa ele estava em uma mesa bem distante - a mesa que eu gostava de ficar. Fui até ela, me sentei, peguei meu foneabri meu livro e quando ia começar à ler, senti uma mão grande e firme ser colocada sobre a minha, olho pra cima e para a minha surpresa, era ele... O querido professor!
Logo sorri. Ele olhava em meus olhos ainda segurando minha mão. Então tirei o meu fone para perguntar se precisava de algo, mas ele colocou o dedo em minha boca me interrompendo, eu o encarei, me levantei e dei um selinho. 
                A manhã passou rápida e logo deu a hora de ir embora, quando fui sair do meu bloco, começou chover fortemente me impedindo de ir pegar o ônibus. Não tendo muito o que fazer, voltei para dentro, me sentei em um banco e peguei meu fone. Distraída com a música, não notei que o professor estava vindo. Dei um leve pulo quando ele colocou sua mão em meu ombro e tirei o fone para xingar, mas mudei de ideia quando o vi. 
-Me desculpe, não queria assusta-la. Aceita uma carona? Pelo visto a chuva não vai parar tão cedo. - disse Roberto parando em minha frente me fazendo ter pensamentos errados. 
-Mas o Senhor não tem compromisso? Não vai te atrapalhar? - perguntei com esperança dele dizer que não. 
-Hoje tenho aula só aqui mesmo, depois vou pra casa organizar aulas. - respondeu. 
-Se não te atrapalha, então eu aceito. - respondi com um enorme sorriso malicioso. 
Guardei meu fone, me levantei e o segui até seu carro. Quando entramos, pude notar que seu sorriso era tão lindo, tão sincero e tão malicioso ao mesmo tempo. Esperei distanciarmos da faculdade e dei um selinho nele. Começamos a conversar sobre tudo, ele era brincalhão, meigo e carinhoso, no caminho rimos muito. Para quebrar aquele clima quieto, passei minhas mãos em sua coxa direita e deslizei minha mão para a parte interna. Ele suspirou, mas continuou concentrado no volante. Tirei minha mão e arrumei minha blusa de um jeito que o decote ficasse maior. Quando olhei para Roberto, ele mordera seu lábio. 
-Quer almoçar em casa? Depois te levo pra casa. - perguntou. 
-Mas e sua espo... 
-Não tenho esposa, nunca casei. - respondeu me interrompendo. 
-Então aceito! - respondi sorrindo. 
Não demorou muito e chegamos na casa dele, era simples. Na cor amarela, com uma enorme janela na frente e uma porta que dá para a cozinha. Sua cozinha era grande, mas com poucos móveis, apenas o necessário.
                Entramos e logo fui beijada. Jogou minha mochila no chão me levou para o quarto. Era organizado, só havia uma cama, escrivaninha e o guarda-roupa, nada mais, ambos na cor branca. 
Ele então me pegou no colo, levou-me para a cama, deitou-se em mim e me encarou por alguns segundos, mas puxei ele para mais perto beijando-o. Era um beijo quente, com paixão e malícia misturados.
Ele tirou sua camisa, voltou me beijar apressadamente e com vontade. Ele arfava entre os beijos. Quando percebi, estávamos nus e eu o coloquei por baixo, comecei beijar sua barriga e fui descendo. Sua respiração estava completamente ofegante. Enquanto eu fazia oral  ele puxava meu cabelo, estava indo à loucura. Voltei a beija-lo e subi nele. Eu rebolava lentamente em movimentos lentos de vai-e-vem, me inclinava , gemia seu nome num tom baixo e ele gemia alto, apertava minhas coxas, dava tapas, fazia o que bem entendia comigo.  
Ficamos um bom tempo ali, terminamos com beijos e carícias. Ficamos conversando ainda deitados. Alguns minutos depois nos levantamos, tomamos um banho e fomos almoçar. Passamos o dia todo juntos. Assistimos filmes, comemos, voltamos para o quarto dele, dormimos e quando demos conta, já era noite. Para nos despedirmos, nos amamos novamente, como se fosse a primeira vez. Sem querer eu acabei dormindo com ele. 
Acordei com o som do meu despertador, olhei para o lado e ele já não estava mais lá, porém tinha deixado um bilhete:
Minha pequena, você é tão linda dormindo!  Amei ter passado o dia com você.
Desculpe, eu não queria te acordar, mas não se atrase, ainda sou seu professor. Beijos! 

Me arrumei rapidamente e sai às pressas. Peguei um ônibus e fui para a faculdade. Cheguei correndo e fui direto para a sala, cheguei na porta, mas não era ele, pois mudaram os horários. Pedi desculpas pelo atraso, fui para o meu canto, abri o caderno e comecei a copiar os resumos, todos olhavam para mim com uma desconfiança, mas eu não me importava, então fingi que nada aconteceu e prestei atenção nas explicações.
No intervalo eu fiz a mesma coisa, fiquei lendo meu livro até dar a hora de voltar para a sala, que não demorou muito. Entrando na sala eu vi o professor já sentado em sua mesa. Ele aproveitou que ninguém ainda tinha entrado para perguntar se foi difícil de achar ônibus, respondi que não e fui para a minha mesa. Durante as explicações, ele me encarava seriamente enquanto eu falava - pela primeira vez - com um aluno da sala, percebi, mas ignorei. As outras aulas foram entediantes, não prestei atenção em nenhuma, apenas vinha a cena do dia anterior em minha cabeça e o sorriso automaticamente aparecia em meu rosto. 
                Todos os dias eu ia para a casa do professor. Estávamos juntos e eu me sentia a pessoa mais feliz da sala. Ninguém desconfiou de nada, nem minha melhor amiga, escondemos até o último ano da faculdade. Acabamos por nos afastar por conta de nossa rotina. Mas isso não mudaria o fato de que me lembrava dele sempre. Nos últimos dias de aula aproveitamos ao máximo para guardar em nossa memória. Claro que marcávamos de nos encontrarmos mesmo não estando mais juntos.

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