Para Minha Querida Vizinha...

A páscoa estava há poucos dias de chegar, mas pela primeira vez a família não estava animada. Não combinaram nada para o dia, não conversaram sobre.  
Dois dias depois, enfim a páscoa chegou. Mas não parecia. O dia estava chuvoso, frio, um clima nada feliz para eles. 
Lorena fez um breve almoço apenas para não deixar a data em branco. Fez o prato que preparava apenas em ocasiões especiais. Almoçaram todos em silêncio. Lorena lavou a louça e pegou o brigadeiro que fizera, colocou nas taças de sobremesa e seguiu para a sala. e enquanto caminhava, a campainha tocou. Era a vizinha. 
        A vizinha sabia sobre o ocorrido e como forma de compaixão, levou ovos de páscoa que ela mesma preparou para a família. Lorena ficou muito feliz pelos presentes, agradeceu, conversou um pouco e quando a vizinha foi embora, deu o ovo de acordo com o nome escrito na embalagem. E por último, o dela.  
Mas quando abriram a embalagem, notaram um terrível cheiro. Não estava nada agradável e com todos os pacotes abertos, o aroma simplesmente se espalhou pela casa. Mas quando abriram a embalagem laminada, veio o horror.  
Dentro de cada ovo havia algo. No de Lorena, emaranhado de cabelo. Do seu marido, terra de cemitério. Do seu filho mais velho, pernas de variados insetos. E de seu filho mais novo não havia nada, porém o item estava no próprio chocolate, era veneno e graças ao seu pai trabalhar com química, conseguiu identificar através do cheiro. 
Jogaram todos os ovos foram e acabaram descobrindo que a vizinha tinha participação do ocorrido de dias atrás.  
A polícia não conseguiu encontrar a vizinha, não havia vestígio algum de seu paradeiro, seu sumiço se tornara um grande mistério e assombro para a família. 

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