A Mansão de Outro Mundo
Como de costume, Milena estava lendo sobre lugares supostamente assombrados em São Paulo. Durante a leitura, um lugar lhe chamou a atenção, uma mansão abandonada há séculos, com muitos relatos de fenômenos sobrenaturais. Os olhos de Milena brilharam e ela ficou muito animada com essa descoberta. Pesquisou mais a fundo e se empolgava a cada parágrafo lido.
Obviamente foi logo falar com sua amiga, Elisa, que, assim como Milena, tem atração por assuntos sobrenaturais. Animadas e eufóricas, combinaram de irem até a mansão.
Passaram a manhã toda planejando e organizando alguns itens.
Elisa: ― Lena! Não se esqueça do mais importante, ok? O aparelho K2. Levarei uma filmadora e o Spirit Box. Eu chego por volta das 17:30hrs.
Milena: ― Já está na mochila, junto com outros itens. Estarei te esperando!
Tudo pronto, seguiram para a mansão.
O local fica afastado da cidade, é necessário atravessar uma estrada de terra, cercada por uma curta floresta de pinheiros. Uma travessia de beleza indescritível. Milena logo tratou de tirar fotos das paisagens, como sempre faz em todas as viagens.
Elisa: ― Você e suas manias...!
Milena: ― Não perderia um click!
Depois de dirigir por 40min, chegaram à mansão. Na entrada havia um grande portão, ao estilo medieval, curiosamente sem qualquer tipo de tranca ou correntes, era só abrir.
Milena: ― Mal chegamos e já começaram a aparecer coisas estranhas. Quem deixaria um portão com acesso tão fácil? Certo que está abandonado, mas... mesmo assim... estranho!
Elisa: ― Verdade! – disse enquanto olhava ao redor. ― Espero não encontrar pessoas de verdade lá dentro, seria muito mais assustador do que ver um objeto se mover sozinho.
Então, sem mais delongas, pegaram suas mochilas e seguiram para dentro da mansão.
Do portão até a porta de entrada havia um pequeno caminho de pedras, com grama bem verde ao redor e algumas flores, elas admiravam os detalhes e o quanto tudo ainda estava tão vivo e bem cuidado. Paradas em frente a porta, observaram a fechadura, verificando se também estava destrancada, ou iriam precisar de uma chave.
Elisa: ― E então?
Milena: ― Nosso dia de sorte! – girou a maçaneta e a porta se abriu. ― Bem-vinda ao lar!
A mansão por dentro era o maior luxo possível. Um grande lustre de cristal pendurado, o teto branco com detalhes em arabesco deixava tudo mais bonito. Ao redor, haviam enormes janelas medievais. O chão era um enorme granito, em tons de cinza, era tão brilhante quanto um espelho. Mas o que chamou a atenção de ambas, foi a escada. Era longa, em detalhes prateados, e ao seu final, bifurcada.
― Mas que lugar lindo, magnífico! Nem parece que está abandonado. - disse Elisa maravilhada.
Elisa ficou completamente apaixonada pelo hall e imediatamente pegou sua câmera para tirar foto daquele lugar luxuoso e elegante. Ficaram por mais alguns minutos analisando cada detalhe, cada canto.
Seguiram para a escada e subiram lentamente. A cada degrau, notavam ficar mais frio. Ao final da escada, ficaram na dúvida para qual lado seguissem. Elisa apontou para o lado esquerdo e Milena assentiu.
Subiram e chegaram a um longo corredor com pouca iluminação. Cada lado possuía três portas de aparentemente dois metros. Eram todas cinzas, as maçanetas douradas em arabesco, assim como a escada. Elisa também tirou foto.
― Ainda não consigo entender o fato dessa mansão estar tão conservada. - disse Milena enquanto andava no corredor.
Milena aproximou-se da primeira porta à esquerda e estava prestes a abrir quando Elisa lhe chamou a atenção.
― Calma! Não sabemos o que está por trás. - disse Elisa a impedindo de tal ato.
― Provavelmente não tem nada, fique tranquila. - respondeu enquanto abria a porta lentamente.
Ao abrir, a porta deu um leve rangido, típico de portas antigas, o que fez ecoar por toda a mansão. Elas riram da situação.
Milena: ― Finalmente algo velho! - riu de seu próprio comentário.
O quarto estava vazio, apenas com uma pequena lareira suja de pó e cinzas e um lustre empoeirado.
Seguiram então para o segundo quarto, que ficava à direita. Nele havia brinquedos e um berço, tudo em perfeito estado de conservação, como se nunca tivessem sido usados ou passado de sua época. Elas entraram e começaram a filmar e mexer nas coisas, muito curiosas, pois nada daquilo existia hoje em dia. Elisa se aproximou do berço e viu uma boneca, colocada ali como se fosse um bebê. Era de porcelana bem branca, tinha o cabelo longo e preto, usava roupinhas no estilo Vitoriano. Elisa se encantou.
Elisa: ― É a obra de arte mais linda que já vi! Quero levá-la comigo!
Milena: ― Não faça isso! Deixe-a no lugar! Vamos apenas filmar.
Elisa a olhou brava e largou a boneca no chão. Por sorte não quebrou.
Milena: ― Cuidado, Lisa! Não viu que é de porcelana? A criança dona dessa boneca devia amá-la muito. Tenha respeito.
Elisa: ― Desculpe! Fiquei brava por um instante. - sentiu seus braços se arrepiarem.
Depois de filmarem todo o quarto, saíram e foram direto para a frente do terceiro quarto, que também ficava à direita.
Diferente dos outros, esse parecia estar muito mais iluminado, pelas fendas da porta, saia bastante luz.
Elas trocaram olhares curiosos e, com um pouco de receio, Milena abriu a porta.
A explicação para toda a iluminação era o lustre. Todas as velas estavam acesas. O quarto era lindo!
Havia uma penteadeira, com acessórios em cima, parecia que alguém havia acabado de tirá-las do corpo. O quarto exalava um perfume delicioso, levemente adocicado, mas nada enjoativo. Havia uma cama bem grande com dossel e uma camisola de seda com rendas, na cor preta, esticada sobre a cama.
Elisa: ― Olha essa cama! É um sonho!
Milena: ― De fato é um sonho. Desde pequena tenho vontade de ter uma cama assim.
Elisa: ― A penteadeira também é perfeita! Gostaria de uma dessa enfeitando meu quarto.
Milena: ― Gostaria também. Seria ideal para praticar minhas maquiagens - disse sentando no banquinho e se olhando no espelho.
Elisa: ― De fato seria ideal. - parou para observar a amiga encantada com o móvel.
Então, voltou para perto da cama, curiosa com a camisola, Elisa pegou para analisar os detalhes lindos e percebeu o quanto estava cheirosa. O perfume era o mesmo que exalava em todo o quarto, chamou Milena para sentir.
Elisa: ― Lena! A camisola está extremamente cheirosa. Venha sentir!
Milena: ― Está de brincadeira?! - disse assim que pegou a camisola e sentiu o perfume. ― Que loucura! Pena que as gravações não captam odores, seria um registro e tanto.
Elisa: ― Isso é muito, muito estranho! Sabe, Lena? Acho que é o lugar perfeito para usar o K2.
Milena: ― Verdade! Vou pegar agora mesmo!
Milena então tirou sua mochila de suas costas e colocou na cama. Demorou por alguns segundos, já que levara itens à mais, o que deixou Elisa de certa forma irritada, mas logo encontrou. Levantou-se e lentamente aproximou-se do vestido, o que imediatamente indicou algo, indo até a luz amarela. As duas se encararam e Milena voltou sua atenção para o vestido, muito animada, percorrendo por toda a peça.
― Ande pelo quarto, talvez captamos algo! - disse Elisa, extremamente feliz.
Então sua amiga começou a caminhar pelo quarto. Começou pela porta e aos poucos foi seguindo em frente, deixando a penteadeira por último. Todo o lugar que Milena apontava, acendia até a luz amarela, mas quando aproximou-se da penteadeira, o indicador foi para a luz laranja.
― Lisa! Venha com a câmera! - disse eufórica. ― O indicador está no laranja! Será que vai para o vermelho? - perguntou ansiosa para ir mais perto.
― Que momento histórico! Eu mal podia esperar por isso! - respondeu enquanto preparava a câmera.
Elisa imediatamente se aproximou, registrando o que tanto sonhavam. Era notório a felicidade de ambas.
Lentamente caminharam em direção a penteadeira e quando Milena esticou seu braço, o indicador imediatamente acendeu a luz vermelha. Ficaram paralisadas, sem reação. Milena estava eufórica e Elisa, extremamente feliz!
― Eu tive uma excelente ideia! - disse Elisa enquanto posicionava a câmera na penteadeira. ― Vamos tentar nos comunicar com o que estiver aqui.
― E se não for algo bom? Não quero conviver com visitas indesejadas, não. - respondeu Milena.
― E se for a dona do vestido? - respondeu Elisa, não querendo perder a oportunidade.
― É, tem essa possibilidade.
Se entreolharam e Milena posicionou o K2 de forma que a câmera captasse todo esse momento. Pegou o Spirit Box e colocou no chão.
Milena: ― Tente posicionar a câmera de modo que pegue toda essa extensão. Penteadeira, K2 e nós duas sentadas aqui no chão.
Elisa, sem delongas, achou o ponto ideal para a câmera e a posicionou.
De repente, as velas que estavam acesas se apagaram. O quarto passou a ficar gelado, silencioso e escuro.
Milena: ― Droga! Lisa, tem velas na minha mochila. Pegue o celular e use a lanterna dele.
Elisa: ― Tudo bem! - pegou a vela e um isqueiro, olhou para o celular e se espantou. ― Nossa! Meia noite! Como pode ser meia noite?
Milena: ― Impossível! - olhou para seu relógio no pulso, que marcava meia noite - Essa mansão parece um mundo paralelo. Mas esqueça esse detalhe, vamos nos concentrar aqui.
Então, se sentaram no chão e acenderam a vela.
Elisa: ― Como faremos boas imagens com tão pouca iluminação?
Milena: ― Não havia pensado nisso. Precisamos de iluminação na penteadeira, é a principal!
Elisa: ― Vou pegar as outras velas e acendê-las. Acho que se colocarmos em volta do móvel, a iluminação ficará boa.
Milena: ― Muito bem! É o que faremos.
Fizeram o teste e funcionou. Com tudo em ordem, voltaram aos seus lugares.
Elisa: ― Ok! Me dê a mão, vamos começar.
Milena estendeu as mãos para Elisa, e logo disse em voz alta: "Se tem alguém aqui neste quarto, não tenha medo, somos amigas, queremos conversar. Não tenha medo! Apareça!”
Repetiu 6 vezes, até que as chamas das velas começaram a tremer. Não ventava no quarto, as janelas e porta estavam fechadas. Isso as deixou animadas e atentas.
Milena: ― Olá! Gostaria de conversar? Está tudo bem, somos amigas!
Então, a luz vermelha do K2 começou a piscar sem parar, as chamas das velas tremiam como se fossem apagar a qualquer momento. A camisola caiu no chão, e se arrastou até o banco da penteadeira, que estava ao lado de Elisa.
Elisa: ― Sabia que tinha algo haver com essa peça! - disse dando um leve sorriso.
Milena: ― Sim! Pegue e coloque no banco!
Feito isso, Elisa não tirou os olhos da peça, é como se estivesse em um transe.
Milena: ― Lisa! Olhe aqui, precisamos continuar. LISA!
Elisa, com o grito de sua amiga lhe chamando a atenção, se voltou para ela.
Milena: ― O que foi?
Elisa: ― Não sei! Vamos continuar.
A vela que estava entre as duas se apagou, mas elas não deram atenção, então, Milena disse: “Essa peça de roupa era sua?” “Você gosta muito dela?” “Esse perfume é seu?” “Você morava aqui?”
Concentradas e com os olhos fechados, ouviram o rangido da porta, que estava se abrindo. Abriram os olhos com um susto.
Milena: ― Não deu pra captar isso, né? A câmera está de costas para a porta. Que droga!
Elisa: ― Nossa! Que extraordinário!
Continuaram a fazer perguntas. Cada vez mais eufóricas.
Milena: ― É você? Quer nos mostrar algo?
E então, a camisola foi atirada ao corredor. Se levantaram, ligaram suas lanternas, pegaram a câmera, o K2 e o aparelho para captar as vozes, foram atrás da peça, que, a cada passo que davam, era puxada para mais longe, até chegar à porta do segundo quarto, onde viram os brinquedos.
Elisa: ― Era o quarto de sua filha. Tenho certeza!
Milena: ― Como sabe que é filha e não filho?
Elisa: ― Por causa da boneca.
Milena: ― Mas poderia ser do filho, também.
Elisa: ― Acho difícil…
A porta do quarto se abriu, estava todo iluminado, com o lustre cheio de velas acesas e tremendo.
― “Era do seu bebê?” “Era de sua criança, não era?” - disse Elisa.
Então, o berço começou a balançar, como se alguém estivesse ninando um bebê.
Elisa: ― Estou toda arrepiada!
Milena: ― Não só você! Estou muito curiosa para saber o que estão querendo nos dizer, nos mostrar…
Milena, lentamente, aproximou-se do berço apontando o K2, o que fez o indicador ir para o vermelho e piscar por longos segundos.
― Lisa, traga a câmera! O K2 está no vermelho. - disse Milena, arrepiada.
Elisa se aproximou filmando e quando chegou perto do berço, largou a câmera imediatamente e ficou paralisada. Milena se assustou com o barulho da câmera e virou-se para trás, se preocupando com a expressão de sua amiga. Elisa estava ofegante, não falava nada, apenas encarava o berço, mas logo voltou ao seu normal, pegando a câmera.
― O que foi, Lisa? Você está bem? Quer sair daqui? - perguntava preocupada.
Elisa balançou a cabeça negativamente enquanto mexia na câmera. Olhou para a tela, respirou fundo e entregou para Milena.
― Olha o que captei! Isso é bizarro demais. - respondeu entregando a câmera para sua amiga.
Milena apertou o play. No vídeo, havia um bebê no berço, ele olhava para o lado oposto de onde elas estavam. Ao lado esquerdo, dava para notar uma delicada mão feminina.
Milena ficou perplexa com o vídeo. Sem dizer nada, entregou a câmera para sua amiga e voltou sua atenção para o berço.
― Oi bebê lindo! O que houve com esse lugar, hein?! - perguntou olhando para o berço, com o K2 onde estava a criança.
Imediatamente a luz vermelha se acendeu. Elisa aproximou-se com a câmera e o Spirit Box, mas dessa vez não captou nada. Não no vídeo.
― Você precisa de ajuda? Quer dizer algo para nós? Só queremos conversar, não vamos fazer mal algum. - disse Elisa olhando com toda atenção para o berço.
Imediatamente Elisa pôde escutar um lamento bem próximo ao seu ouvido.
― Acabei de escutar um choro em meu ouvido. É desse bebê! - disse para sua amiga.
Ficaram por um breve momento em silêncio. Milena, então, resolveu aproximar-se dos brinquedos. Haviam ursos de pelúcias, bonecas, carrinhos, entre outros.
Elisa: ― Está ouvindo esse som? Parece abafado por alguma coisa. - disse enquanto andava pelo quarto.
Milena: ― Eu ouço alguma coisa sim.
As duas começaram a andar pelo quarto procurando o que poderia ser e de onde vinha aquele som.
Elisa começou a jogar para os lados alguns ursos de pelúcia, e encontrou uma pequena caixa de jóias, com uma bailarina rodando ao som de uma música.
Milena: ― É isso!
Elisa: ― Sim! Tem uma foto aqui dentro.
Milena pegou a foto e olhou com muita atenção, logo soltou a foto, que caiu perto do berço.
Na foto, uma mulher jovem e muito bonita, com a pele bem branca e cabelos longos e escuros. Ela segurava um bebê.
Elisa: ― O que foi? - disse enquanto se abaixava para pegar a foto.
Milena: ― Veja!
Elisa então olhou a foto e permaneceu em silêncio por alguns instantes, até que sua amiga a despertasse.
Milena: ― Lisa!? ELISA?!
Logo ela despertou e olhou direto para Milena, com cara de espanto.
Elisa: ― Desculpe! Só fiquei espantada. É… louco!
Milena: ― Eu sei! Está ficando cada vez mais bizarro, vamos embora!
Assim que pronunciou essas palavras, a porta do quarto bateu. Elisa correu para abrir, estava trancada.
Elisa: ― Qual é? Só pode ser brincadeira! - disse enquanto puxava a maçaneta com força.
Milena: ― Não acredito! Ela não quer nos deixar sair!
O K2 então disparou na luz vermelha, que piscava sem parar. Milena soltou o aparelho no susto e Elisa veio para perto de sua amiga.
Elisa: ― O que você quer? Diga!
Um silêncio tomou conta do ambiente. Elas olhavam em volta, e estava tudo quieto demais, mas o aparelho continuava a piscar.
Milena: ― Vamos nos sentar. Vamos nos comunicar com ela!
Tão logo se sentaram, pegaram o Spirit box e, de mãos dadas, tentaram se comunicar.
Milena: ― Estamos aqui! Vamos te ouvir!
Ficaram em silêncio por alguns minutos e para a surpresa de ambas, obtiveram resposta:
“Nos matou.”
Respondeu uma delicada voz feminina, em tom de lamento.
Ficaram paralisadas ao escutarem. Milena se arrepiou completamente, ainda sem acreditar que estavam captando mais evidências sobrenaturais. Elisa, estranhamente, absorveu a tristeza daquela mulher.
― Quem os matou, minha querida? Não tenha medo de nós. Só queremos te ajudar! - falou, Elisa, com lágrimas nos olhos.
Milena olhou para sua amiga e notando lágrimas em seu rosto, respirou fundo e quando ia dizer algo, foi interrompida pela voz da mulher.
“Homem. Esposo.”
― Peço desculpa por essa pergunta, mas o que ocorreu? - perguntou Milena apenas encarando o chão.
― O que quer de nós? - perguntou, em seguida, Elisa.
A luz vermelha piscava de forma nada normal para aquele aparelho. O berço se moveu novamente e em um grito, a mulher respondeu.
“Machado! Proteger filho. Ajuda!”
Imediatamente a porta se abriu com tudo, ambas se olharam e começaram guardar suas coisas na mochila de Milena. Se levantaram às pressas, e ao sair do quarto, Elisa voltou ao seu normal, não se lembrando do que sentira minutos atrás.
― Você está bem, Lisa? Você se lembra do que aconteceu? - perguntou preocupada com sua amiga.
― Só consigo lembrar de começarmos as perguntas. O que houve comigo? - respondeu sem entender nada e notando seus olhos lacrimejantes.
Milena explicou o que ocorreu e Elisa ficou espantada, não se lembrava de absolutamente nada, deixando ambas assustadas. Conforme andavam, sentiam uma presença, o que obrigou a acelerarem os passos. As luzes piscavam, as portas batiam, porém o mais estranho foi o spirit box ter ligado e aquela voz gritava incansavelmente.
Saíram sem sequer olhar para trás e logo estavam fora da mansão. Elisa foi a primeira a entrar no carro, ligando imediatamente. Milena jogou sua mochila no banco de trás.
Durante o caminho, quando já estavam mais calmas, comemoraram por ter captado evidências e notaram que no relógio marcava 21:00hrs. Diante todo o ocorrido, o horário era o de menos, estavam se sentindo realizadas, porém, tristes pela moça que ali estava presa.
Um tempo depois chegaram na casa de Milena, indo direto para seu computador, o ligando imediatamente. Conectou a câmera e esperou os arquivos abrirem. Enquanto isso, Elisa ia pegando uma cadeira.
Se acomodaram, olharam uma para outra e Milena abriu a primeira foto. Ficaram abismadas, pois a mansão era completamente diferente do que viram. Estava destruída, abandonada, aos destroços. Mas a próxima foto que abriram, causou horror, era uma das fotos que Milena tirou na estrada. Ao lado de uma árvore havia um homem encarando a câmera e em sua mão, um machado sujo de sangue.
Escrito por Morgan e Thaís.
Great excelent parabéns meninas por esse conto extremamente foda 👏👏👏👏👏
ResponderExcluirMuito obrigada, Claudio!
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