À Procura do Próximo
Vlademir estava caminhando, procurando seu alimento, pois iria amanhecer em poucas horas. Enquanto andava pela rua fria e úmida devido à chuva de minutos atrás, sentiu o seu cheiro favorito. Estava cada vez mais forte. Mas decidiu não agir de imediato, esperando a pessoa se aproximar.
Logo uma mulher alta, corpo curvilíneo, de cabelos longos e pretos, vestida de enfermeira zumbi, surgiu, com passos elegantes e firmes. Mas parou por um instante, sentindo-se observada. Olhou ao redor e se assustou com o ruivo cabelo do vampiro, que se iluminava sob a luz da lua, mas logo ele saiu do beco escuro, vestindo uma camisa preta, calça de couro e um coturno que soldados costumam usar. Andou em direção a moça pedindo desculpas. Não queria assustar sua presa.
— Perdão se te assustei. Estou indo para uma festa e peguei atalho no caminho - disse o vampiro caminhando lentamente.
Barbara estranhamente sentiu-se bem na presença dele, um total estranho.
Vlademir, então, estava frente a frente à moça, controlando a vontade de sentir o gosto de seu delicado pescoço.
— Posso te guiar, também estou indo à festa. Está próxima - disse enquanto estendia sua mão esquerda, suja por maquiagem e sangue falso.
O vampiro sorriu maliciosamente e segurou aquela mão delicada, apesar de estar grotescamente ensanguentada. O contraste o deixava mais excitado.
— É novo por aqui? Nunca te vi - perguntou encarando os olhos castanhos dele.
— Moro na cidade vizinha, me mudei faz pouco tempo. Vi o anúncio da festa e resolvi me aventurar. Aliás, me chamo Vlademir.
— Prazer, Barbara - respondeu sorrindo. — Nome diferente, não tinha escutado até te conhecer.
— Sim, não é muito conhecido mesmo. Foi ideia de meu avô, diz ele que é derivado de outro, do qual um homem muito importante carrega - respondeu sem revelar a outra informação.
Se conheceram mais um pouco e conforme se aproximavam da festa, Vlademir sentia seu controle se perdendo devido ao aroma que Barbara exalava e foi se aproximando cada vez mais dela, passando seus lábios pálidos, de forma delicada, arrancando arrepios daquele belo corpo.
Barbara, ainda arrepiada, suspirou inclinando sua cabeça para a direita, dando caminho aos beijos. Agarrou o braço dela, a levando para outro beco, onde estavam próximos.
Não o impediu de levá-la, queria sentir aquele corpo nela, sentir o toque dele, parecia estar hipnotizada. Se arrepiou ao tocar no braço destro de Vlademir e sentir que estava extremamente gelado.
Para não ser tocado novamente, Vlademir a encurralou de costas para ele, na parede, pressionando seu corpo contra o dela, com a mão esquerda segurando os braços e o direito segurando aqueles cabelos mais negros que a noite, num rabo de cavalo. Iniciaram um intenso beijo, Barbara estava totalmente entregue a ele.
Não resistindo mais, Vlademir cravou seus afiados caninos naquele pescoço macio, sugando ferozmente o sangue daquela bela mulher, soltando gemidos enquanto se saciava com cada gota de sangue, era prazeroso. Através de seus lábios sentia a vida daquela moça se esvaindo, seus membros se rendendo à morte, ao vampiro.
Última gota e suas presas saíram lentamente daquele pescoço macio, permitindo sair um gemido de prazer. Estava revigorado e pronto para outra aventura, seguindo rumo para a festa.
Very good 👏👏👏👏
ResponderExcluirMuito obrigada, Claudio!
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